Coren-RO fiscaliza Hospital Regional de Ouro Preto e encontra graves irregularidades

O Coren-RO já havia realizado vistoria no hospital e encontrou inúmeras ilegalidades no serviço de Enfermagem

19.02.2022

 

Sede do Coren, em Porto Velho.

O Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia (Coren-RO), por meio do Departamento de Fiscalização, realizou, nesta quinta-feira (17), mais uma vez vistoria no Hospital Regional de Ouro Preto do Oeste. Desta vez, para verificar como estava as condições da unidade e, principalmente, saber se a decisão judicial que determina a disponibilização de profissionais de Enfermagem para prestar assistência do transporte inter-hospitalar de pacientes estava sendo cumprida.

Durante a inspeção, o prefeito do município, Alex Testoni, apareceu e tentou impedir o trabalho da equipe. De acordo com relatos de testemunhas, o prefeito chegou ao hospital ordenando que a equipe de fiscalização saísse e que eles não tinham autorização para proceder com o trabalho, agredindo-os verbalmente. Mesmo com a resistência do prefeito e as violações praticadas por ele, a fiscalização foi realizada e foram constatadas graves irregularidades.

O Coren-RO reforça que já havia realizado vistoria no hospital e encontrou inúmeras irregularidades e ilegalidades no serviço de Enfermagem, no qual o Conselho tomou algumas medidas administrativas e tentou celebrar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). No entanto, a Secretaria de Saúde do município deixou passar o prazo para se manifestarem, inclusive, o secretário de saúde esteve no Coren e firmou compromisso verbal que iria assinar o termo, o que não aconteceu.

No momento da fiscalização foram encontrados medicamentos e insumos vencidos no centro cirúrgico, sala de parto, pronto socorro e clínica médica, inclusive, no setor covid, assim como fluxo de pessoas na ala. A equipe encontrou mais de 400 fichas de pacientes sem notificação no sistema. Existe uma subnotificação e, as pessoas que estão positivando para a doença não estão sendo lançadas de modo imediato, pois o trabalho está acumulado há vários dias por falta de profissionais para realizar esta atividade.

O processo de desinfecção dos materiais do setor covid também está totalmente inadequado e a equipe reduzida, sendo necessário fazer diversos remanejamentos trazendo profissionais de outros setores para dar suporte na ala covid, inclusive, no momento da fiscalização uma profissional de enfermagem teve que sair da sua área de origem para ajudar no atendimento ambulatorial e pacientes positivados. Todas as ilegalidades identificadas violam a segurança dos pacientes, que buscam o serviço público de saúde com intuito de restabelecer sua saúde.

Participaram da fiscalização representantes do Conselho Regional de Enfermagem, Conselhos de Saúde Estadual, Municipal e Nacional e Sindicato dos Trabalhadores de Ouro Preto.

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