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Caos na saúde pública de Guajará-Mirim é encontrada pela Fiscalização do Coren-RO


09.04.2012

 

Identificar, notificar, apurar denúncias e orientar os profissionais de enfermagem, é o trabalho que vem sendo realizado pela fiscalização do Coren-RO rotineiramente em todo o estado de Rondônia. No mês de março o fiscal do Coren-RO juntamente com o Conselheiro José Valdiney estiveram recentemente em Guajára- Mirim, onde a equipe atendendo pedido do Ministério Público estiveram realizando inspeção na Maternidade Municipal Cláudio Fialho e no Hospital e Pronto Socorro Regional de Guajará- Mirim. Confira os principais problemas e descaso com os trabalhadores e usuários dos serviços públicos de saúde encontrado pela UF do Coren-RO no município de Guajára-Mirim.

Maternidade Municipal Cláudio Fialho
Com uma reforma iniciada há mais de seis anos, as obras de reforma da Maternidade Cláudio Fialho encontram-se paralisadas há aproximadamente 04 anos, sem previsão nenhuma de conclusão das obras, sendo ainda que não a preocupação nenhuma por parte do poder público e gestores para conclusão da Unidade que esta se deteriorando devido o grande descaso com os usuários da saúde.

Haja vista que com está situação é observado que quem mais sofre com o descaso, é a população, principalmente pela falta de condições digna de atendimento. Segundo informações colhidas pelo fiscal junto aos profissionais de enfermagem a obra está irregular por não atender as normas sanitárias e ambientais além da suspeita de desvio de verbas.

Devido a está situação que se pendura há anos os atendimentos de Maternidade e Obstetrícia do SUS, estão sendo encaminhados ao Hospital do Município Bom Pastor, através de um convênio entre a Secretaria Municipal e o Hospital Bom Pastor em detrimento da não conclusão das obras da Maternidade Municipal.

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Além da paralisação da obra na Maternidade, outro problema encontrado pela fiscalização é falta de profissionais, sendo que foi constatado que não há enfermeiro lotado na Unidade da Maternidade Bom Pastor, sendo que há apenas uma enfermeira contratada pelo Hospital, a qual supervisiona indiretamente a maternidade, sendo ainda que a assistência de enfermagem as parturientes e seus recém-nascidos , é realizada apenas por técnicos e auxiliares de enfermagem, o que contraria a Lei do Exercício Profissional da enfermagem 7.498/86, sendo ainda que o município não cedeu nenhum profissional de enfermagem para atendimento que demanda a maternidade conveniada e tão pouco o hospital Bom Pastor se preocupou em contratar enfermeiros para atender a demanda de gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde, o qual é muito alta a observar-se que nos meses de janeiro, fevereiro e início de março foram realizados aproximadamente 100 partos normais e 45 cesarianas. Como se observa, há uma média de 03 partos e 01 cesariana por dia o que gera responsabilidade e cuidados de Enfermagem. Vale salientar que o setor esta desprovido de Enfermeiro para dar assistência.

Hospital e Pronto Socorro Municipal de Guajará- Mirim

Assim como na maioria dos Hospitais Públicos do Estado de Rondônia, problemas também são encontrados e identificados pela Fiscalização do Coren-RO no Hospital e Pronto Socorro Municipal de Guajará- Mirim. A UF do Coren-RO destaca as seguintes situações encontradas durante inspeção:

•  Estruturas físicas em precárias condições de funcionamento necessitando reforma elétrica, sanitária e esgoto. Enfermeiro que responde pela Chefia de Enfermagem não tem portaria de gerente e não possui a Certidão de Responsabilidade Técnica (C.R.T.) emitida pelo Coren-RO;

•  O número de Profissionais de Enfermagem: Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem é insuficiente para atender a demanda de serviço;

•  Permanece a falta de medicações e materiais de uso rotineiro no Pronto Socorro (P.S) do Hospital como: Dipirona injetável, Diclofenaco, Fenergan, Seringa de 20 ml, Scalp nº 23, Fio de Sutura n º 4.0. e 5.0 entre outros medicamentos;

•  Instrumentais cirúrgicos bem como as caixas de inox para acondicionar os instrumentais cirúrgicos em péssimas condições de conservação;

•  Falta de Equipamento de proteção individual EPI (óculos, avental impermeável) de uso obrigatório em procedimentos de emergência;

•  Estrutura física do Pronto Socorro precária não oferece condições de segurança nem conforto aos profissionais e pacientes;

•  Falta de repouso em local adequado para os profissionais de Enfermagem plantonistas do Pronto Socorro, visto que a sala que utilizam como repouso está instalado a estufa onde são “esterilizados” os instrumentais usados nos procedimentos de emergência;

•  Falta de segurança para os profissionais plantonistas, visto que o Hospital que não tem nenhum controle de entrada e saída de pessoas;

•  Falta de camas em quantidade suficiente para atender o repouso dos profissionais plantonistas, sendo obrigados a colocar colchão no chão para repousar;

•  Rouparia do Centro Cirúrgico em péssimas condições de uso e em quantidade insuficiente para o atendimento no setor;

•  Não há água tratada para consumo dos pacientes e acompanhantes nem copo descartável (copo comprado pelo paciente). É recolhida água direto da torneira oferecida em galão de bebedouro refrigerado sem nenhum tratamento. Os funcionários compram sua água para consumo durante o plantão;

•  A Unidade de internação pediatria está em situação lastimável: há um formigueiro dentro da enfermaria, os aparelhos de ar condicionado não refrigeram, não tem ventiladores, o forro está desabando, os banheiros estão danificados com ralos abertos, os leitos estão sem grades de proteção e segundo as mães (acompanhantes) trazem lençóis de casa e sofrem com o calor intenso e mosquito (pernilongo) a noite;

•  A sala cirúrgica em funcionamento está com as vidraças sujas cheias de mofo, predispondo a contaminação cupins consumindo a madeira do telhado e do forro;

•  Falta de equipamento (carro de limpeza não tem escovão e espremedor) para limpeza do ambiente Hospitalar, inclusive a limpeza do bloco cirúrgico é feita com pano e rodo doméstico;

•  Na clínica médica não há um leito em boas condições. Os pacientes internados trazem lençóis de suas casas para forrar seus leitos e ventiladores para refrescar do calor intenso;

•  Há vários móveis em madeira que estão sendo utilizados inadequadamente no ambiente Hospitalar em desacordo com as normas sanitárias em vigor, devendo ser substituídos por móveis metálicos;

•  A cozinha onde são preparadas as refeições dos pacientes e servidores plantonistas está em precárias condições de uso: esgoto aberto exalando mau cheiro, panelas e equipamentos velhos, pias sujas, tábua de cortar carne de madeira, sem ventilador nem exaustores, paredes sujas, falta avental de proteção para as cozinheiras, piso está afundando, faltam refrigeradores e armários fechados para guardar alimentos e o filtro utilizado para filtrar água utilizado no preparo dos alimentos não tem pedra (está passando água direto sem filtragem) há vários meses. SIC a caixa de água nunca foi limpa;

•  Os Setor da Maternidade e Pronto Socorro se encontram com as obras de reforma e ampliação há mais de 8 anos paralisadas, causando deficiência na assistência e prejuízos para a comunidade. Sem previsão de conclusão;

Diante da situação e do descaso do poder público e gestores em relação a estes problemas encontrados em Guajará-Mirim pela Unidade de Fiscalização do Coren-RO, o fiscal juntamente com o Conselheiro José Waldiney, orientaram e solicitaram providência imediata e nomeação de enfermeiro responsável técnico junto ao Coren-RO, a contratação de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem para atender a demanda de serviço nos setores de Pronto Socorro e a providência ampla de reforma em todos os setores do Hospital, inclusive adequando a planta física as normas técnicas sanitárias.

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