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Pesquisa traça perfil da enfermagem em Rondônia


06.08.2015

A enfermagem hoje no país é composta por um quadro de 77% de técnicos e auxiliares e 23% de enfermeiros. A conclusão é da pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil, cujos resultados também apontam desgaste profissional em 64,2% dos entrevistados e grande concentração da Força de Trabalho na Região Sudeste (mais da metade das equipes consultadas). O mais amplo levantamento sobre uma categoria profissional já realizado na América Latina é inédito e abrange um universo de mais de 1,8 milhão de profissionais. O estudo foi realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por iniciativa do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e apoio do Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área de saúde compõe-se de um contingente de 3,5 milhões de trabalhadores, dos quais cerca 50% atuam na enfermagem (cerca de 1,8 milhão). A pesquisa sobre o Perfil da Enfermagem, realizada em aproximadamente 50% dos municípios brasileiros e em todos os 27 estados da Federação, inclui desde profissionais no começo da carreira (auxiliares e técnicos, que iniciam com 18 anos; e enfermeiros, com 22) até os aposentados (pessoas de até 80 anos).

“Traçamos o perfil da grande maioria dos trabalhadores que atuam do campo da saúde. Trata-se de uma categoria presente em todos os municípios, fortemente inserida no SUS e com atuação nos setores público, privado, filantrópico e de ensino. Isso demonstra a dimensão da pesquisa, que não contempla apenas os que estão na ativa, mas a corporação como um todo”, comenta a coordenadora-geral do estudo e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Maria Helena Machado.

A pesquisa foi encomendada pelo Cofen para determinar a realidade dos profissionais e subsidiar a construção de políticas públicas. “Este diagnóstico detalhado da situação da enfermagem brasileira é um passo necessário para a transformação da realidade”, afirma o presidente do Cofen, Manoel Neri.

 

Qual é o Perfil da Enfermagem em Rondônia?

A pesquisa foi realizada em todo o Estado deRondônia, ouvindo auxiliares, técnicos e enfermeiros, com abrangência de mais de 13 mil profissionais. A enfermagem hoje em Rondônia é composta por um quadro de 79,6% de técnicos e auxiliares e 20,4% de enfermeiros.

 

Onde trabalham

No quesito mercado de trabalho, 73,4% da equipe de enfermagem encontra-se no setor público; 20,1% no privado; 3,4% no filantrópico e 3,9% nas atividades de ensino.

 

Em Rondônia, 56,8% da equipe de enfermagem declaram desgaste, percentual abaixo da média nacional (64,2%).

 

Renda mensal

Considerando a renda mensal de todos os empregos e atividades que a equipe de enfermagem exerce, constata-se que 2,2% de profissionais na equipe recebem menos de um salário-mínimo por mês. A pesquisa encontra um elevado percentual de pessoas (23,1%) que declararam ter renda total mensal de até R$ 1.000, ou seja, estão em condições de subsalário.

 

Dos profissionais da enfermagem, a maioria (60,5%) tem apenas uma atividade/trabalho.

 

Os quatro grandes setores de empregabilidade da enfermagem (público, privado, filantrópico e ensino) apresentam subsalários. O privado (36,3%), o filantrópico (60%), o público (14,9%) e o de ensino (28,5%) praticam salários com valores de até R$ 1.000.

 

Masculinização

A equipe de enfermagem em Rondônia é predominantemente feminina, sendo composta por 85,7%de mulheres. É importante ressaltar, no entanto, que mesmo tratando-se de uma categoria feminina, registra-se a presença de 14,1% dos homens. “Pode-se afirmar que na enfermagem está se firmando uma tendência à masculinização da categoria, com o crescente aumento do contingente masculino na composição. Essa situação é recente, data do início da década de 1990, e vem se firmando”, afirma a coordenadora.

 

Profissionais qualificados acima do exigido

O desejo de se qualificar é um anseio do profissional de enfermagem de Rondônia. Os trabalhadores de nível médio (técnicos e auxiliares) apresentam escolaridade acima da exigida para o desempenho de suas atribuições, o que significa dizer que 28,5% de todo o contingente, fizeram ou estão fazendo curso de graduação.

 

Desemprego aberto

A área já apresenta situação de desemprego aberto, com 10,6% dos profissionais entrevistados relatando situações de desemprego nos últimos 12 meses. Dificuldade de encontrar emprego foi relatada por 79,2% desses profissionais.

 

Concentração na capital

Contrariando a tendência apontada pela pesquisa, de concentração dos profissionais de enfermagem nos grandes centros urbanos, em Rondônia, menos da metade da equipe de enfermagem (38%) se concentra na Capital.

 

Lançamento da Pesquisa Perfil da Enfermagem em Rondônia

Data: 14 de agosto (sexta-feira)

Horário:14h

Local:Auditório da Faculdade Fimca. Porto Velho/RO

Fontes:Cofen, Fiocruz, Coren/RO

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