Enfermagem tem papel essencial na prevenção ao câncer de mama

O câncer de mama ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil.

10.10.2023

Representação espacial das taxas de incidência de neoplasia maligna da mama, por 100 mil mulheres, ajustadas por idade, pela população mundial, estimadas para o ano de 2023, segundo Unidade da Federação.

O mês de outubro é internacionalmente conhecido como um período dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, por meio da campanha “Outubro Rosa“. A iniciativa tem como objetivo promover a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama, que figura como uma das principais causas de mortalidade entre mulheres em todo o mundo. A enfermagem desempenha um papel de destaque na luta contra a doença, e o Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia (Coren-RO) destaca o papel essencial desses profissionais no Sistema de Saúde Brasileiro.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres globalmente, representando aproximadamente 24,5% de todas as neoplasias diagnosticadas no sexo feminino, com cerca de 2,3 milhões de novos casos estimados em 2020 em todo o mundo. As taxas de incidência variam entre diferentes regiões do planeta, sendo mais elevadas em países desenvolvidos.

Em Rondônia, deve-se registrar 2,7 mil diagnósticos de câncer este ano e mais de 8 mil no triênio entre 2023 e 2025, entre eles câncer de mama, próstata, cólon e reto, traqueia, brônquio e pulmão, estômago e colo de útero. A projeção é feita na publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil. Rondônia tem uma taxa estimada de 36,99 casos para cada 100 mil mulheres. Para 2023, estima-se que ocorrerão cerca de 320 novos casos de câncer de mama no Estado.

No contexto brasileiro, o INCA estima que em 2023 ocorrerão cerca de 73.610 novos casos de câncer de mama, com uma taxa estimada de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. Adicionalmente, o câncer de mama lidera as estatísticas de mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com uma taxa ajustada por idade, conforme a população mundial, em 2021, de 11,71 por 100 mil mulheres, resultando em 18.139 óbitos. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

A enfermagem, assim como toda equipe de saúde, possui um papel essencial no tratamento do câncer de mama. Enfermeiras e enfermeiros fornecem informações essenciais sobre a conscientização das mulheres sobre a importância da detecção precoce da doença e a necessidade de mamografias regulares. Instruem sobre o autoexame das mamas e elucidam os fatores de risco associados à doença. Sua abordagem holística, que considera tanto os aspectos físicos quanto emocionais, é fundamental para aprimorar os resultados e a qualidade de vida das pessoas afetadas pela doença. Além disso, eles promovem a adoção de estilos de vida saudáveis, como alimentação equilibrada e exercícios regulares, como meios eficazes de prevenção.

Rondônia tem uma taxa estimada de 36,99 casos para cada 100 mil mulheres. Para 2023, estima-se que ocorrerão cerca de 320 novos casos de câncer de mama no Estado. Fonte: INCA

O câncer de mama não tem uma causa única, sendo influenciado por diversos fatores, como envelhecimento, história reprodutiva, histórico familiar, consumo de álcool, peso corporal e exposição à radiação ionizante.

Dentro dos protocolos de saúde, enfermeiras e enfermeiros são protagonistas na promoção da saúde da mulher, já que é ele quem acolhe, avalia, realiza o exame clínico e orienta essas mulheres sobre os cuidados relacionados ao câncer, além disso cabe ao profissional a solicitação da mamografia que auxiliar no diagnóstico precoce do câncer de mama. O diagnóstico pode ser emocionalmente desafiador, e nesse momento, os profissionais oferecem apoio emocional e psicológico às pacientes e suas famílias, auxiliando-as a enfrentar o medo, a ansiedade e o estresse associados ao diagnóstico e tratamento.

O Sistema Único de Saúde (SUS) garante a oferta gratuita de exame de mamografia para as mulheres brasileiras em todas as faixas etárias. A faixa dos 50 aos 69 anos é definida como público prioritário para a realização do exame preventivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e seguida pelo Ministério da Saúde baseado em estudos que comprovam maior incidência da doença e maior eficiência do exame. Em 2022, foram realizadas 4.239.253 mamografias em mulheres no SUS, sendo 382.658 mamografias e 3.856.595 mamografias de rastreamento.

No decorrer do tratamento, a enfermagem atua na administração de medicamentos, como quimioterapia e radioterapia, bem como no monitoramento dos efeitos colaterais. Eles asseguram que os tratamentos sejam seguros e eficazes. Além disso, a enfermagem desempenha um papel significativo nos cuidados paliativos, centrando-se na melhoria da qualidade de vida das pacientes em estágio avançado da doença. Nesse contexto, auxiliam no alívio da dor, no gerenciamento de sintomas e no oferecimento de suporte tanto às pacientes quanto às suas famílias.

Além de controlar os fatores de risco comportamentais, todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. Olhar, palpar e sentir as mamas no dia a dia ajuda a reconhecer suas variações naturais e a identificar alterações suspeitas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres. Manter o peso corporal adequado, praticar atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas ajudam a reduzir o risco de câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.

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